Concentração na EAD vai despencar em dez anos, diz Semesp
29 de Junho de 2017447
Basta que as instituições de ensino superior (IES) usem apenas 25% das vagas para educação a distância a que passaram a ter direito com as recentes mudanças nas regras promovidas para a educação a distância pelo Ministério da Educação (MEC), para que a concentração da educação a distância no Brasil despenque. Esta é a avaliação do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior do Estado de São Paulo (Semesp), que realizou na segunda-feira, 26, o “Seminário Decreto 9.057: a alteração na oferta de cursos a distância”, com a participação dos diretores executivo e jurídico do sindicato, Rodrigo Capelato e José Roberto Covac; e do secretário da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), Henrique Sartori.
Atualmente, no Brasil, os dez maiores grupos educacionais (que são 4% do total de instituições credenciadas para a modalidade a distância), têm 79% do total de matrículas do tipo, e 3.635 polos de apoio presencial (70% do total). Com as mudanças provocadas pelo Decreto 9.057 e pela Portaria N° 11, segundo o Semesp, se as IES criarem 25% dos polos a que têm direito, a partir de 2017 a concentração da demanda começa a cair passando de 80% para 52% em 2018, 38% em 2022 e, em 2027, chegará a 35%.
Na mesma análise exposta pelo Semesp, em outra projeção, se as IES criarem 100% dos polos a que passam a ter direito, a concentração cairá de 80% em 2017 para 32% já em 2018, mantendo esse índice em 2022 e 2027. Veja o estudo divulgado pelo Semesp no quadro abaixo, que projeta a concentração de acordo com o percentual de criação de polos no novo cenário de regulação da EAD.
Temor da "guerra de preços"
Segundo Capelato, do Semesp, “o temor que se tem da competição desenfreada e guerra de preços na modalidade, não deve acontecer porque hoje o perfil de público da EaD é de 1,3 milhão de alunos matriculados na faixa etária dos 25 aos 40 anos. Com o crescimento de novos polos, vão surgir novos modelos direcionados para novas faixas etárias”, acredita.
Com relação ao mercado, Capelato ainda fez uma comparação com a oferta de cursos presenciais e mostrou vários pontos nos quais as IES devem se atentar, como por exemplo, o fato de 60% dos alunos de cursos presenciais terem até 24 anos, já no EaD a média de idade é de 24 a 40 anos, faixa etária em que há 20 milhões de pessoas no Brasil sem ensino superior.
(Com informações da Assessoria de Comunicação so Semesp)
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